CUSPIDAS (6)

NOME
A mãe conta à comadre: “Foi só ela falar o nome daquele desgraçado que até trovejou.”

MESADA
O filho pede:
“Mãe, me dá minha mesada hoje.”
“Mas ainda não recebi a pensão desse mês.”
“Não vem com essa. Eu sei que você tem dinheiro.”
“Você ficou muito pior depois do terceiro casamento.”

BATIDA
O som da batida foi tão forte que até curou o meu soluço e fez a cachorrada parar de latir.

DOR DE CABEÇA
De manhã, ela toma o remédio:
“Dor de cabeça de novo, mulher?”
“Sim. Daquelas que tenho quando você está bem disposto.”

JUDAS
O beijo de Judas dela é de língua e custa menos de 30 dinheiros.

IRRITAÇÃO
“Você me irrita por estar vivo, velho desgraçado!”
“Não tenho culpa se Deus não me leva.”
“Você sempre dá um jeito de culpar os outros.”

CUSPIDAS (5)

DIA BONITO
Um dia tão bonito como esse pede uma desgraça.

PRIORIDADES
Para ela, o duro não era estar com ele naquela cama, mas sim perder o capítulo da novela.

CHAMADO
Quando, no banheiro ele leu a pichação “Viado quem ler”, sentiu que aquilo lhe falava demais.

SOBERBA
“Se até ele tem uma dessas, então não quero mais!”

TUDO RESOLVIDO
"Tá tudo resolvido!" "E aí, o que você fez?" "Mandei todo mundo tomar no cu!"

CUSPIDAS (4)

AMOR
"Eu já disse que te amo?"
"Não."
"E vou continuar não dizendo."

METAFÍSICA
Deus não existe. Quer uma prova? Você.

GOSTAR?
“Ela não quer voltar.”
“Mas o que você fez?”
“Ela fez um bolo e eu falei que estava ruim. Aí me perguntou: ‘Será que algum dia você vai gostar de algo que eu fizer?’ E eu disse: 'vou gostar do dia que te ver passar por aquela porta.'”

CRIME
“Foram quantos tiros?”
“Quatro, seu delegado. Um pro pai, pro filho, um pro Espírito Santo e outro pro cachorro.”
“Amém.”

CUSPIDAS (3)

BENIGNO
De benigno ele só tem o tumor no cérebro.

REMÉDIO
Na barraca da feira, o vendedor de ervas e chás recebe a moça: “O senhor tem alguma coisa pra coração partido?” “Só o meu telefone, moça.” “Eu tô tão desesperada que vou levar.” Dois meses depois ela reaparece: “O que você tem para aborto?”

ÚLTIMA MÚSICA
Na casa suspeita, o derradeiro casal de amantes dança, bêbado, a última música. Ela pergunta: “Como você vai para casa, nesse estado?” “Não vou para casa. Vou para a cadeia.” “Como assim?” Ele puxa o revólver e aponta para o sanfoneiro que há cinco minutos não tira o olho do traseiro dela.

FIDELIDADE
Meia noite ele liga para a casa dela. Ninguém atende. Onde ela anda? Motivo perfeito para ele poder aprontar também.

VINGANÇA
Amantes, se encontravam toda semana no mesmo restaurante. Saíam do lugar separados, para se reencontrar na cama do hotelzinho da esquina. Naquela semana ele faltou. À noite, no telefone, confessa: “Esqueci. Me perdoa?” “Claro, amor.” Na semana seguinte, depois do restaurante, encontra, na cama do hotel, a mãe de seus filhos.
Mulher traída se vinga como o demônio em dia santo.